Aquele jogo não aconteceu. Para os sportinguistas mais avivados da memória, o 3-3 da meia-final da taça de 2005 e o 6-3 no campeonato 1993/1994 também não aconteceram. Mas este “não aconteceu” mais do que todos os jogos que “não aconteceram”.
O jogo de que vos falo é, como todos repararam, o Sporting - Benfica de ontem. Confesso que tinha uma fezada para este jogo, baseando-me no velho palpite para o principal derby lisboeta, “Ganha quem está em pior forma.”. O meu vaticínio começou-se a tornar realidade quando o Rui Costa, combinando com Di Maria, mete a bola por baixo das pernas de Rui Patrício (uuuh!), marcando o primeiro, e quase se confirmou quando o Nuno Gomes (!) gelou mais uma vez Alvalade, cabeceando para o segundo golo na baliza de Rui Patrício. A coisa até corria bem. Até à segunda parte, da qual eu não falarei, senão do golo fantástico de Christian Rodriguez. No fim, 5-3, para o Sporting.
No dia seguinte fui para a escola ostentando um pequeno cartaz onde se podia ler: “Eu odeio futebol.”, quatro vezes. Mas deixem estar, deixem estar. Deixem os lagartos pavonearem-se dessa vitória. Não vão ver outra igual em, pelo menos, 30 anos. E o melhor é que a passagem à final não lhes valerá de nada, pois o adversário é, nada mais, nada menos que…. Tcahran… Futebol Clube do Porto (um clube desprezível, sem dúvida, mas, infelizmente, ganhador).